Para executar este tutorial você vai precisar do Windows 10. Você pode testar por conta e risco em versões anteriores, porém recomendamos a versão 10 por ser mais estável e recente.
Para executar os comandos, neste tutorial utilizamos o Windows Terminal, mas você pode utilizar o Power Shell que já vem nativo no Windows 10.
Para o download do Flutter, utilizaremos o Git, que está disponível pelo site oficial. Sua instalação é simples e rápida, só ir avançando.
Em adicional, nosso editor de código preferido é o Visual Studio Code, que é leve e simples de utilizar. Basta ir para seu site oficial e fazer o download dele também.
A maneira mais fácil de começar a instalação do Flutter é por meio do Download do Android Studio, uma IDE para desenvolvimento de aplicativos para o Android.
Embora não recomendamos os uso do Android Studio para a codificação em si, sua instalação trará a SDK do Android e Java já necessárias para instalação do Flutter.
Como as versões de SDK do Android dependem de versões específicas do Java, esta acaba sendo a melhor opção para começarmos.
Vamos então fazer o Download do Android Studio em sua página inicial e executar sua instalação.
A instalação é relativamente simples, basta ir prosseguindo sem muitos mistérios. Recomendamos NÃO ALTERAR nenhuma opção durante a instalação.
A única tela que você precisa prestar atenção é a Verify Settings, que conterá o caminho da SDK do Android e da JDK do Java, que utilizaremos em breve aqui.
Anote estes caminhos ou utilize o Print Screen para capturar a tela.
A maioria dos comandos do Android rodam via terminal, ou seja, pelo CMD ou Power Shell ou qualquer outro Shell que esteja utilizando.
O Android também precisa do Java para executar seus comandos, e sempre que instalamos o Java (JDK ou JRE), temos o java.exe disponível na pasta da instalação.
Porém, mesmo com o Java instalado, o Windows não sabe onde ele se encontra. Na verdade, por padrão, o Windows só olha nas pastas System e System32 para execução de comandos.
Em suma, se você abrir um terminal e digitar o nome de qualquer executável que se encontra nestas pastas mencionadas, ele será chamado imediatamente.
Para os executáveis que ficam fora destas pastas, temos as Variáveis de Ambiente, que dizem para o Windows olhar também em outras pastas, além das Systems da vida.
Para encontrar as variáveis de ambiente basta apertar a tecla Janela do Windows do seu teclado e digitar "Variaveis de Ambiente" ou "Environment Variables" caso esteja em inglês.
Na nova janela que se abrirá, vamos clicar em "Variáveis de Ambiente" ou "Environment Variables" caso esteja em inglês, e uma nova tela se abrirá.
Na sessão "Variáveis do usuário" ou "User Variables", adicione um novo valor utilizando o botão "Novo" ou "New" contendo a chave JAVA_HOME seguido pelo caminho onde o JDK foi instalado.
O caminho do JDK foi mostrado na imagem Verify Settings durante a instalação do Android Studio. Caso não tenha salvo o caminho, por padrão ele será C:\Program Files\Android\Android Studio\jre.
Clique em OK mas não feche as variáveis de ambiente ainda, precisamos agora configurar os caminhos que o Android utiliza.
A partir da versão 3.x do Android Studio, algumas mudanças na instalação da SDK ocorreram e o comando "android", previamente utilizado no terminal foi descontinuado.
Desta forma, o Android agora traz um conjunto de ferramentas que podemos utilizar, como SDK Manager, que gerencia as SDKs do Android instaladas.
Se você não alterou nada durante a instalação, estas ferramentas ficam na pasta
C:\Users\USUARIO\AppData\Local\Android\Sdk\tools\bin
Este caminho também é mostrado na tela Verify Settings durante a instalação do Android. Note que a palavra USUARIO no caminho acima deve ser substituída pelo seu nome de usuário do Windows.
Vamos então selecionar o item PATH na tela de variáveis de ambiente e clicar em EDITAR. Na nova tela que se abre, adicione um novo item utilizando o botão NOVO com o caminho do Android Tools.
Pronto, isto é tudo que precisamos na parte de variáveis de ambiente por enquanto, mas deixe esta janela aberta pois precisaremos ainda configurar o Flutter.
A instalação do Flutter é relativamente simples, basta baixar o seu conteúdo para uma pasta em seu computador, e isto pode ser feito de duas formas.
A primeira é fazendo o Download de um ZIP e descompactando e a segunda é clonando o projeto pelo Git, que particularmente, recomendamos.
Um detalhe importante é o caminho onde vamos salvar estes arquivos. É muito importante que este caminho não tenha espaços ou caracteres especiais.
Aliás, uma dica valiosa é sempre criar seu usuário no Windows com um nome simples. No nosso caso nosso usuário chama apenas balta, ou seja, sem caracteres especiais ou espaços.
Evite nomes como "José Pereira" ou similares, pois além de caracteres especiais, eles possuem espaços, o que pode afetar a execução de alguns programas mais antigos.
Certifique-se que você possui o Git instalado e abra seu terminal favorito. Particularmente recomendamos o Windows Terminal ou Power Shell, sendo que este último já vem instalado no Windows.
Com o terminal aberto, navegue para uma pasta segura, no caso, recomendamos utilizar a raiz do C:\, para não ter nenhum problema com diretórios.
Vamos então executar os seguintes comandos:
cd c:\\
git clone https://github.com/flutter/flutter.git -b stable
O primeiro comando navegará para raiz e o segundo fará o download dos fontes do Flutter para a pasta C:\flutter que ele criará. Isto é tudo que precisamos no momento.
Assim como o Windows não reconhecia os comandos do Java, ele também não reconhece os do Flutter e precisamos novamente alterar nossas variáveis de ambiente.
Vamos agora editar a variável PATH, ainda nas variáveis de usuário, e adicionar o caminho para os binários, onde baixamos os fontes do Flutter, que no nosso caso foi C:\flutter\bin.
Note que adicionamos o bin ao caminho, não se esqueça deste detalhe. Neste momento você pode fechar a tela de variáveis de ambiente e todos os terminais em aberto.
O Flutter possui uma ferramenta chamada doctor que nos permite verificar o estado da instalação dele, e se há algum erro.
Abra um novo terminal e vamos então executar o seguinte comando.
flutter doctor
Você notará que ele exibirá um erro relacionado a licenças no Android, Plugins e Dispositivos Conectados, não se preocupe pois vamos resolver isto.
O primeiro passo é aceitar as licenças do Android e para isto vamos executar o comando.
flutter doctor --android-licenses
Ele exibirá várias licenças que precisamos aceitar, simplesmente pressione Y e enter para todas elas e pronto, pode rodar novamente um flutter doctor e verá que este item está OK.
Abra o Android Studio, e na primeira tela, em Configure, selecione a opção Plugins. Na nova tela que se abre, pesquise por Flutter e realize a instalação do mesmo.
Após a instalação, ele pedirá para reiniciar a IDE, aceite e tudo pronto.
Abra o Visual Studio Code, navegue para as extensões no lado esquerdo da tela e na busca, procure por Flutter. Ele fará a instalação dos plugins do Flutter e do Dart.
Você pode utilizar seu telefone para visualizar e testar suas aplicações, na verdade é recomendado que você SEMPRE TESTE em dispositivos físicos suas aplicações.
IMPORTANTE: Isto pode variar de acordo com cada fabricante, então caso este método não funcione para você, busque por "Habilitar modo desenvolvedor MODELO DO SEU TELEFONE".
Conecte seu telefone via USB em seu computador e nosso primeiro passo é habilitar o modo desenvolvedor do Android em seu telefone.
Isto NORMALMENTE é feito indo até a opção "Sobre este Telefone" nas Configurações e clicando várias vezes sobre o "Número da Versão (Build Number)".
Feito isto, uma nova opção no menu Configurações estará disponível, chamada Opções do Desenvolvedor. Clique sobre ela para visualizar os recursos.
Nesta nova tela, habilite a opção Depuração via USB e aceite ambas opções. Na segunda opção, caso seja um computador confiável, você pode marcar a opção "Sempre confiar neste computador".
AVD é a sigla para Android Virtual Device, que nada mais é do que uma máquina virtual rodando Android que simula um telefone para nós.
O modo mais fácil de criar um AVD é abrindo o Android Studio, clicando em Configure e selecionando a opção AVD Manager.
Se esta for sua primeira AVD, ele exibirá uma tela com um botão escrito "Create Virtual Device", clique neste botão para iniciar o assistente de criação.
Na tela seguinte, vamos selecionar o Hardware que queremos utilizar como máquina virtual. No caso, existem vários modelos de telefones e tablets e você pode criar quantos quiser.
Recomendamos que selecione a opção Pixel 2 e clique em Next para prosseguir com a criação. O Pixel 2 possui uma tela intermediária que nos ajuda no desenvolvimento.
Na tela seguinte, vamos fazer o download da imagem da máquina virtual, e neste caso selecionamos a opção Android 10 (Q), porém se você estiver lendo este artigo em um futuro, pode utilizar versões mais recentes se houver.
Na próxima tela basta selecionar a opção Finish para que o download seja iniciado e a máquina virtual seja criada. Neste momento, será necessário que sua máquina tenha suporte ao HAXM.
O HAXM é um recurso de aceleração em processadores Intel e precisa ser habilitado na BIOS em alguns casos. Você pode procurar como habilitar este recurso de acordo com sua placa mãe.
Nos computadores mais novos ele já vem habilitado, e alguns anti-vírus podem bloquear recursos de virtualização, impedindo a execução do seu emulador.
Com tudo pronto, basta executar o processo novamente (Android Studio > Configure > AVD Manager) para ver os emuladores instalados. Clique no PLAY para executar algum deles.
Chegou a hora da verdade, vamos criar e testar um App para ver se tudo está funcionando corretamente.
Conecte seu telefone ou abra um Emulador e vamos até o Visual Studio Code. Nele, pressione CTRL+SHIFT+P e selecione a opção "Flutter new project".
Caso esta opção não esteja aparecendo, comece a digitar o comando que ela aparecerá. Em seguida você será indagado a informar o nome do App.
Informe um nome sem espaços, caracteres especiais e tudo em minúsculo, e então selecione onde este projeto vai ficar. Particularmente, recomendamos cria-lo em um caminho seguro, como C:\dev no qual utilizamos aqui.
Aguarde a instalação dos pacotes, abra um novo terminal no Visual Studio Code (CTRL + `) e execute o seguinte comando.
flutter run
Caso esteja com o Emulador aberto e o telefone conectado, você receberá uma mensagem de erro, pois o Flutter não saberá em qual dispositivo deve rodar a aplicação.
Você pode remover o telefone ou fechar o emulador, mas pode também executar o comando flutter devices para listar os dispositivos conectados.
Em seguida você pode executar o comando flutter run -d ID_DO_DEVICE para executar o aplicativo no dispositivo desejado.
Pronto, se tudo deu certo você tem o Android e Flutter configurados no Windows e pronto para serem utilizados. Agora é só seguir nossa Carreira Mobile Developer Flutter e aprender a criar aplicativos incríveis.
Recomendamos que sempre mantenha a versão do Flutter a mais atualizada possível, e para isto, basta abrir um terminal e executar o comando abaixo:
flutter upgrade
Deste modo ele fará o download dos novos pacotes e atualizará a versão atual do Flutter. Você pode executar um flutter --version para verificar a versã instalada.
Sempre que realizamos a instalação, por padrão o Flutter utiliza seu canal Stable (Estável), ou seja, apenas o que está testado e pronto para produção.
Caso queira testar algo que está em beta, você pode trocar o canal principal utilizando o comando:
flutter channel beta
Lembre-se que não é legal utilizar itens em beta em produção. Para voltar para o canal principal, basta executar o comando:
flutter channel master